Regra 2 do futebol: a bola e suas características

Todos os esportes possuem um conjunto de regras para o seu bom funcionamento e com o futebol não é diferente. Já falamos sobre a Regra 1 do futebol, que trata das especificações dos campos de jogo e da sua importância para definir questões como marcações no gramado, distâncias mínimas e máximas.

Agora, vamos falar sobre a ‘Regra 2’ que tem como figura central a bola. Tal regra define os tipos de bola que podem ser utilizadas para disputar partidas, bem como detalhes como as suas propriedades e material.

Regra 2 do futebol: a bola

De forma bem sucinta, a ‘Regra 2’ define que as bolas utilizadas para a realização das partidas de futebol precisam ser impermeáveis. Além disso, sua circunferência deve ter entre 68cm a 70cm, com um peso entre 410g a 450g.

Além disso, ela deve ter uma pressão entre seis e sete libras, ser esférica e fabricada em couro ou algum outro material adequado. É importante frisar que não deve ter apenas uma à disposição para uma partida de futebol, tendo em vista que há riscos de que ela estoure ou se danifique no decorrer da partida.

Se isso acontecer, a partida deve ser interrompida para que haja sua substituição correta. Além disso, o árbitro deve reiniciar o jogo com um “bola ao chão”, onde a nova bola deve ser reposta pra jogo no mesmo lugar onde a antiga foi danificada. No entanto, se ela for danificada em um momento de bola parada, por exemplo, a partida terá reinício conforme as regras. Ela não pode ser trocada sem autorização do árbitro.

As bolas de futebol da história da Copa do Mundo

Uma das competições mais tradicionais do mundo do futebol, a Copa do Mundo é disputada de quatro em quatro anos entre as principais seleções do planeta. Da primeira edição, em 1930, até a última, em 2022, podemos observar que foram utilizados diversos tipos de bolas que foram ganhando maior destaque por conta do desenvolvimento das tecnologias.

Nas primeiras edições da Copa do Mundo (1930 no Uruguai, 1934 na Itália e 1938 na França), podemos observar que as bolas tinham uma particularidade: a fabricação manual. Feitas em material de couro, havia uma preocupação em produzi-las com uma alta costura para trazer maior maciez e não prejudicar o andamento dos jogos.

Bola utilizada na Copa do Mundo de 1930, no Uruguai. Foto: Divulgação/X

Após uma pausa por conta da Segunda Guerra Mundial, a Copa do Mundo voltou a ser disputada em 1950 e a competição no Brasil trouxe uma novidade. As bolas eram produzidas com uma válvula inflável, eliminando a necessidade de costuras internas e facilitando jogadas aéreas, por exemplo. Era um dos primeiros passos dados para a evolução da esfera nas Copas.

Em 1970, a Copa do México trouxe uma novidade: as pelotas começaram a ser produzidas pela Adidas com uma verdadeira transformação visual. A ‘Telstar’, que vinha com um visual preto e branco, marcava uma revolução na produção das bolas seguintes, que passaram a ter suas particularidades cada uma. A partir daquela edição que começou uma tradição de homenagear os países-sede da Copa do Mundo com alguma de suas particularidades presentes nas bolas de futebol.

No entanto, as tecnologias aplicadas nelas nem sempre foram vistas de forma positiva. Como esquecer da “Jabulani”, da Copa do Mundo de 2010 que foi duramente criticada por ser bastante leve, o que atrapalharia os goleiros por conta de sua trajetória no ar. Seu design liso e quase sem costuras dificultava a vida dos defensores em jogadas aéreas, já que a bola tinha uma tendência de escorregar mais.

Jabulani, utilizada na Copa do Mundo de 2010 na África do Sul. Foto: Divulgação/University of Adelaide

A última bola das Copas do Mundo foi a ‘Al Rihla’, usada na Copa do Catar em 2022. Essa, no entanto, chamou atenção por sua fabricação totalmente feita utilizando materiais sustentáveis.

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