Ex-atleta do Palmeiras assumiu profissão no mercado imobiliário

A ex-analista do Palmeiras e atual técnica do Paranapanema, Mayara Rodrigues, chegou à segunda final da Taça das Favelas de Campinas e deseja conquistar o bicampeonato da competição. Aos 36 anos, ela vive uma nova realidade fora dos gramados: corretora de imóveis.

Com formação em análise de desempenho, Mayara foi braço direito da treinadora Ana Lúcia Gonçalves, ex-Ponte Preta e Osasco Audax, por muitos anos. Porém, seu futuro aguardava uma guinada: o Palmeiras. Em 2019, o time Alviverde buscava reconstruir a equipe feminina, precisando encontrar urgentemente a comissão técnica. Como o local de treinos era em Vinhedo, a 24 quilômetros de Campinas, o convite para integrar este novo caminho chegou.

“A gente teve uma passagem de um pouco mais de um ano. Começamos na Série A2, na época, o intuito era classificar o time para a Série A1 e esse papel foi cumprido com maestria. Depois aconteceram algumas coisas e os rumos foram tomando caminhos diferentes. Até tivemos outras propostas, a Ana depois foi para o Athletico Paranaense”, omentou Mayara.

Neste tempo que passou no Palmeiras, ela conheceu várias garotas que com o tempo se tornaram importantes para o futebol brasileiro feminino, se tornando referências para o país, como Kerolyn, do Manchester City, e Antônia, do Real Madrid.

“Lá tivemos a oportunidade de conhecer umas carinhas conhecidas, como a Kerolyn, um dos principais nomes da seleção brasileira, Thaís (Corinthians), Antônia (Real Madrid), Vic Albuquerque (Corinthians), Camila (Ferroviária), Nicoly (Ferroviária), tem uma galera aí, se a gente falar todos vamos ficar aqui por muito tempo”.

A amizade com as jogadoras segue firme. Nos amistosos contra o Japão, em maio e junho deste ano, Mayara reencontrou as ex-companheiras na Neo Química Arena, em São Paulo, e nos Estádio Cícero de Souza Marques, em Bragança Paulista. Inclusive, recebendo um camisa como lembrança.

“Falei para a Thaís que estava muito feliz por ela, que ela é muito merecedora disso, que tem um coração muito bom. A Antônia também, não faz muito tempo que a gente se falou, toda vez que é convocada mando mensagem pra mandar boa sorte. A Kerolyn eu vi ela no jogo contra o Japão, em Bragança, a gente se cumprimentou, perguntou se tava tudo bem, mas como ela virou muito estrela pra ficar conversando muito tempo é difícil”, comentou.

Nova vida

Mayara decidiu deixar o calendário das competições e viagens com o time de futebol para se dedicar a uma nova rotina como corretora de imóveis. Desde 2021, ela trabalha em uma imobiliária em Valinhos, a 11 quilômetros de Campinas. Mesmo com os compromissos, reuniões e agendas com clientes, a treinadora ainda tira tempo de onde não possui para conseguir conciliar as tarefas do escritório e do campo.

“Fico o dia inteiro na imobiliária, saio do trabalho e vou dar treino direto. Preciso cortar as agendas do fim de semana para dar apoio para as meninas porque também é uma prioridade. Não tenho remuneração (no futebol), mas tenho uma gratidão imensa pelo projeto, elas me completam como pessoa, então tento conciliar o máximo possível. Tento abrir mão de uma coisa aqui pra completar outra ali, tentar não deixar faltar para nenhum dos dois lados”, declarou.

O Paranapanema de Mayara, irá em busca do bicampeonato da Taça das Favelas. Campeã em 2023, esta será a terceira final que a equipe disputa em cinco edições do torneio. A campanha até o momento impressiona, já que o time é dono do melhor ataque da competição, com 15 gols marcados em três jogos. A equipe enfrentará o São Marcos, atual campeão da competição.

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