Ao comemorar os gols marcados, é natural alguns jogadores utilizarem de certos artifícios para comemorar. No entanto, um destes acabou se tornando centro de uma grande polêmica: o chute na bandeirinha de escanteio. Nos últimos anos, tal gesto acabou ganhando repercussão por conta do contexto e das punições aplicadas aos jogadores que o fizeram.
Por exemplo: em um gol marcado no clássico entre Corinthians e São Paulo na Neo Química Arena, o atacante Luciano chutou a bandeirinha de escanteio do adversário e foi advertido com cartão amarelo após discutir com Vanderlei Luxemburgo. Já Raphael Veiga, do Palmeiras, comemorou um gol marcado contra o Atlético-MG na Libertadores com o mesmo gesto, mas não foi punido pelo árbitro Facundo Tello. Mas afinal, chutar a bandeirinha de escanteio é proibido?
Segundo o ex-árbitro brasileiro Carlos Eugênio Simon, que atualmente é comentarista dos canais ‘ESPN’, o cartão deveria ser mostrado aos jogadores que comemorarem desta forma. Ele se baseia neste argumento com base na Regra 12 (faltas e condutas incorretas) no item “Comemoração de Gols”. Um dos pontos abordados na regra fala que uma comemoração é passível de advertência quando se age “de forma provocativa, debochada ou inflamatória”.
FPF tomou atitude sobre chute na bandeirinha
Para evitar maiores polêmicas em relação à comemoração, a Federação Paulista de Futebol (FPF) resolveu enviar um ofício para os semifinalistas do Campeonato Paulista com um pedido à Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo, clubes qualificados para esta etapa da competição, que acabou sendo vencida pelo Corinthians.
A entidade solicitou cuidados a “símbolos dos clubes, bandeiras ou qualquer outro item presente nos estádios que façam alusão às agremiações rivais”, já com o intuito de evitar qualquer tipo de confusão nos clássicos. O chute na bandeirinha de escanteio não foi citado de forma direta, mas ficou subtendido que o objetivo principal era evitar conflitos por conta da comemoração tratada de forma provocativa.
