Um dos assuntos que voltou a ser debatido nesta semana no futebol brasileiro trata de uma possível chegada do Fair-Play Financeiro. A ferramenta, que é utilizada em diversas ligas, tem como objetivo promover o equilíbrio financeiro entre os clubes. Em suma, as equipes não podem gastar aquilo que não tem como arcar no futuro.
No ano passado, dirigentes de clubes como Flamengo, Palmeiras, Internacional, Fluminense e São Paulo chegaram a solicitar, na Comissão Nacional de Clubes realizada na CBF, que a ferramenta fosse implantada no futebol brasileiro. Rodolfo Landim, então presidente do Flamengo na época, criticou as contratações feitas por John Textor no Botafogo. Dentre algumas contratações, destaque para a chegada do meia argentino Thiago Almada por mais de R$ 135 milhões.
Segundo as regras do Fair-Play Financeiro, “um clube não pode gastar além do que arrecada, não pode ter problema de dívidas, não pode ter atraso de salários.” Essa é uma das principais queixas de alguns dirigentes de clubes brasileiros, que cobram punições para outros clubes que gastam valores exorbitantes em contratações, mas tem dívidas de salários dentro do atual elenco.
Leila Pereira volta a falar do Fair-Play Financeiro
Recentemente, os dirigentes dos clubes brasileiros comemoraram a reeleição de Ednaldo Rodrigues para o cargo de presidente da CBF. Leila Pereira, presidente do Palmeiras, entretanto, aproveitou a ocasião para falar novamente do Fair-Play Financeiro. Leila ressaltou que não vê justiça no fato de clubes que tem pendências financeiras competir em pé de igualdade com quem paga suas contas em dia.
“Clubes que atrasam compromissos com outros clubes na aquisição de jogadores e continuam competindo em igualdade de condições. Isso cria distorção no campeonato. É uma pauta importante. Sei que é extremamente sensível para os clubes que não pagam em dia seus compromissos, mas sem dúvida, vamos bater forte nisso. Nós pagamos em dia nossos compromissos, exigimos que os outros paguem em dia também”, afirmou Leila.
