Nesta quinta-feira (27), o Flamengo acabou sendo novamente derrotado na Justiça no caso que movia contra o atacante Paolo Guerrero. O peruano de 41 anos, que defendeu o clube entre 2015 e 2018, era alvo de uma ação do Rubro-Negro por conta de uma suspensão por doping imposta ao jogador. O Flamengo solicitava a devolução de cerca de R$ 1,8 milhão por parte do atacante.
Os valores eram referentes aos 120 dias em que Guerrero precisou ficar afastado dos gramados depois de ter sido flagrado no exame antidoping em novembro de 2017, quando defendeu a seleção peruana. O atacante, que já havia ganhado uma causa em 2023, acabou saindo vitorioso novamente dos tribunais. Além disso, o Flamengo terá de pagar cerca de R$ 270 mil a Guerrero, referente a honorários gastos com advogados.
Segundo o desembargador Alessandro Oliveira Félix, o Flamengo não conseguiu demonstrar com suas provas a impossibilidade que o clube enfrentou explorando a imagem de Guerrero. “Eventual opção por parte do clube em não exercer esse direito durante a suspensão do contrato de trabalho, não tem o condão de lhe conferir indenização de qualquer espécie, seja no que se refere à restituição de valores antecipados, seja a título de indenização por perdas e danos”, escreveu Alessandro.
Relembre a suspensão de Guerrero
O atacante, que na época defendia o Flamengo, acabou sendo suspenso pela Fifa em 2017 por ter ingerido um chá que continha metabólitos de cocaína antes de uma partida do Peru válida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. Punido, Guerrero acabou perdendo a reta final de temporada e desfalcou o Flamengo na Copa Sul-Americana.
O Rubro-Negro acabou sendo vice-campeão naquele ano após derrota para o Independiente por 3 a 2 na soma das duas finais. No ano seguinte, Guerrero acertou com o Internacional e teve sua pena ajustada, permitindo que ele disputasse a Copa na Rússia por seu país.
