A vida de Dorival Júnior no Corinthians não está sendo nada fácil. A diretoria alvinegra estuda a demissão do treinador em caso de uma nova derrota no Campeonato Brasileiro, partida que acontecerá nesta quarta-feira (23), diante do Cruzeiro, em casa.
Com a direção da agremiação avaliando uma paralisação no trabalho desde a chegada do comandante, pessoas próximas afirmam que não houve evolução no desempenho coletivo nem algo que justifique a manutenção de Dorival no comando.
Internamente, existem críticas à postura do treinador, vista como fria e sem senso de urgência, incomodando lideranças e conselheiros próximos à presidência atual.
Contudo, um grande obstáculo para a mudança no comando é o valor da multa rescisória de Dorival. Caso decidam romper com o treinador e sua comissão, o custo será de aproximadamente R$ 6 milhões. A bagatela corresponde a três meses de salários atuais do atual corpo técnico corintiano.
Sem dinheiro
Esse alto valor pesa nas contas do Corinthians, que já tem vivido uma grande dificuldade financeira nos últimos anos e ainda tenta se reestruturar administrativamente após a troca na presidência. O mandatário interino, Osmar Stabile, tem tentando equilibrar as decisões politicas com as fiscais, buscando finalizar tudo da melhor maneira.
Mesmo com o crescimento da pressão por resultados positivos, Dorival deve ser mantido. O treinador ainda não conseguiu tirar o melhor desempenho do Corinthians, e o elenco parece ser tão competitivo como se esperava. A queda de desempenho afeta diretamente a paciência da torcida e dos dirigentes, que sempre demonstram sua insatisfação com o time.
O jogo contra o Cruzeiro é tido como decisivo, para definir o futuro do treinador na competição nacional. Caso o resultado seja negativo, a diretoria deve iniciar as conversas para uma possível substituição, buscando um nome mais nivelado com o momento de reconstrução do clube.