Na última terça-feira (1°), a Conmebol anunciou que a “regra dos oito segundos” passou a vigorar na Libertadores e na Copa Sul-Americana já no início da fase de grupos das duas competições. Tal regra consiste em dar um limite de até oito segundos para que os goleiros façam a reposição de bola, afim de evitar ceras durante as partidas.
Tal regra já havia sido implementada no Campeonato Brasileiro 2025, mas não mostrou tanta eficácia na primeira rodada, já que muitos goleiros – e árbitros – simplesmente a ignoraram em algumas partidas. A nova regra entra na Libertadores para que a competição continental passe a seguir as diretrizes impostas pela IFAB (Internacional Football Association Board).
Como funciona a nova regra que entrou em vigor na Libertadores?
A partir de agora, os goleiros terão um tempo limite de até oito segundos com a bola em sua posse e terão esse tempo para fazer a reposição de jogada. Os árbitros devem iniciar a contagem regressiva de reposição a partir do terceiro segundo, apontando ao goleiro que o tempo está esgotando. Caso esse tempo seja excedido, o árbitro deve conceder um escanteio para a equipe adversária.
Tal regra vem para ocupar o lugar da famosa “regra dos seis segundos”, que funcionava quase da mesma maneira. Só que, ao invés de conceder um escanteio, deveria ser marcado um tiro livre indireto para o adversário. No entanto, por representar um perigo muito grande de gol, eram poucas as vezes que os árbitros anotavam a infração.
O objetivo é de evitar a cera, já que muitos goleiros muitas vezes ficavam com a posse de bola por um longo tempo para esfriar o jogo e conseguir uma vantagem para a sua equipe. No ano passado, por exemplo, o goleiro Rossi conseguiu ganhar quase 10 minutos de jogo para o Flamengo no duelo de volta da sua equipe contra o Bolívar nas oitavas de final da Libertadores. O gesto do goleiro, de retardar o jogo propositalmente, não foi bem visto pelo adversário, que reclamou bastante da cera.
