No último domingo (23), o lateral-esquerdo Alphonso Davies, do Bayern de Munique, sofreu uma grave lesão. O jogador, de apenas 24 anos, rompeu o ligamento cruzado anterior (LCA) do joelho direito na vitória do Canadá sobre os Estados Unidos por 2 a 1 em uma partida amistosa. Conforme divulgado pelos bávaros, Davies passará por cirurgia e perderá o restante da atual temporada.
Trata-se de mais um jogador que, nesta temporada, teve a mesma lesão. O volante Rodri, do Manchester City, e o atacante Gabriel Jesus, do Arsenal, também tiveram um rompimento no LCA e passaram por cirurgia. Sem contar que a lesão também afetou, nos últimos anos, jogadores como Pedro (Flamengo), Neymar (na época no Al-Hilal) e até mesmo Alexia Putellas, um dos maiores nomes da seleção da Espanha de futebol feminino.
Ruptura de ligamento é “fácil” de acontecer
O LCA é fundamental pois é ele quem tem a função de estabilizar o joelho. Dessa forma, o ligamento evita o deslocamento da tíbia em relação ao fêmur. O rompimento do ligamento pode provocar instabilidade e dores no joelho e, por isso, se faz necessária uma cirurgia para reconstrução. Como o futebol é um esporte de movimentos rápidos, uma ruptura no LCA é bem fácil de acontecer.
Isso se dá pelo fato de que o futebol mistura uma série de movimentos que envolve a região inferior do corpo. Os jogadores costumam correr muito e também saltar em disputas de bola. Além disso, há muito contato físico no futebol e também mudanças de direção, que fazem com que se aumentem os riscos de um LCA. E a lesão se torna ainda mais grave em mulheres.
Segundo estudos de Walden (2015), as lesões de LCA em jogadoras são mais graves e “comuns” em relação ao futebol masculino. A gravidade aumenta, de acordo com o estudo, por questões anatômicas, biomecânicas e hormonais, já que leva em conta fatores como a posição do joelho no movimento, seu formato e a posição dos ossos. Além disso, questões hormonais podem deixar os ligamentos mais flexíveis, ou seja, mais fáceis de romper.
