Um dos clubes mais tradicionais do futebol paulista, o Nacional-SP tem uma história um tanto quanto interessante. A sede da equipe fica localizada na Barra Funda próximos aos Centros de Treinamento de São Paulo e Palmeiras, dois dos maiores clubes do estado. Centenário, o Nacional vive uma situação diferente da dos vizinhos, afinal de contas, ocupa apenas a quarta divisão do futebol regional.
A equipe manda suas partidas no Nicolau Alayon, estádio que é um patrimônio cultural e tombado pela prefeitura da capital paulista. No entanto, o resto do terreno onde o clube trabalha não é. Por conta das extensas dívidas, a diretoria do Nacional vira e mexe recebe propostas de diversos grupos imobiliários para vender a área. Mas Edison Gallo, vice-presidente do clube, afirmou que não pretende se desfazer do território.
“Já tentaram comprar aqui, sempre teve muita especulação. O próprio condomínio próximo tentou. Tivemos notícias também de que o Palmeiras já pensou em ter uma parte nossa para aumentar sua parte social, mas não temos essa intenção. Hoje, as parcerias sustentam o Nacional”, afirmou Gallo em uma entrevista ao ‘ge’.
Empresários e Copinha sustentam o Nacional
Como não disputa competições relevantes no futebol há um bom tempo, o Nacional precisa recorrer a ajuda de empresários para sobreviver. O clube, que já revelou craques como Cafu, Dodô e Deco, também vê na Copinha uma forma de ganhar dinheiro e manter as portas abertas. O clube já foi bicampeão da competição (1972 e 1988) e, em 2005, acabou com o vice.
A aposta em jogadores com idade limite para a Copinha é uma espécie de preparação para o clube disputar a Série A4 do Campeonato Estadual. Além disso, há uma espécie de “permuta” com alguns empresários, que cedem jogadores para o clube para que eles possam ganhar visibilidade e mostrem o seu nível, ganhando vitrine para equipes de divisões superiores.
Além disso, o clube arrecada dinheiro por meio da locação de espaços para a prática de esportes. O clube tem um espaço onde é possível praticar futebol society, beach tênis e outras modalidades, e alguns parceiros pagam para utilizar dos espaços. Mesmo assim, ainda é pouco para um clube que já teve tanta tradição no futebol nacional.
