Ao contrário do que acontece no futebol brasileiro ou em campeonatos europeus, o conceito de rebaixamento simplesmente não existe nas principais ligas esportivas dos Estados Unidos, como na NBA (basquete) e na NFL (futebol americano). Entretanto isso não significa falta de competição – a estrutura é apenas bem diferente.
O que sustenta esse modelo é o sistema de franquias. Em vez de clubes que sobem ou descem de divisão de acordo com as suas campanhas, as franquias norte-americanas são instituições com um lugar garantido permanentemente na liga.
Isso acontece porque tais organizações investem milhões de dólares para ter uma vaga assegurada na competição, contribuindo para o desenvolvimento do esporte, com aportes em infraestrutura e marketing. Um rebaixamento, por outro lado, afetaria diretamente as receitas e a visibilidade, o que não é bem visto pelos donos das franquias.
Contudo para manter o equilíbrio entre os clubes e evitar que apenas os mais ricos dominem o cenário, há estratégias para garantir a competitividade ano após ano, tal como o draft. Nele as franquias com pior desempenho na temporada regular ganham prioridade na escolha dos melhores talentos universitários. Tal ferramenta ajuda os clubes a renovarem suas forças para voltarem mais fortes nos anos subsequentes.
Esse modelo, embora estranho aos olhos de quem está acostumado com o “sobe e desce” do futebol, é a base do sucesso comercial das ligas americanas. O foco está menos na punição e mais em garantir estabilidade, atratividade e competição equilibrada ao longo dos anos.
