A chamada “paradinha”, manobra muito utilizada por jogadores durante cobranças de pênalti, continua gerando dúvidas e polêmicas no futebol. A técnica, que consiste em uma breve interrupção do jogador na corrida antes da finalização, tem como objetivo desorientar o goleiro.
No entanto, desde 2010, após mudanças nas regras estabelecidas pela FIFA, essa prática passou a ser considerada ilegal. Na oportunidade ficou determinado que caso o jogador faça uma interrupção após ter completado a corrida para chutar a bola o pênalti deverá ser anulado e o infrator receberá um cartão amarelo.
De acordo com a Regra 14 das Leis do Jogo, controladas pela International Football Association Board (IFAB), o jogador até pode variar a sua velocidade e realizar algumas desacelerações durante a corrida, mas jamais pode parar quando chegar na bola.
“Ameaçar durante a corrida para cobrar um pênalti para confundir um oponente é permitido, mas ameaçar chutar a bola uma vez que o jogador completou a corrida é agora uma infração da lei número 14 e um ato antiesportivo pelo qual o jogador deve ser punido”, diz o estatuto da IFAB.
Historicamente grandes personagens do futebol foram conhecidos por aplicar a paradinha. Um dos casos mais emblemáticos aconteceu em 2010, justamente no ano em que a prática passou a ser proibida.
Antes do regulamento banir a paradinha, o atacante Neymar foi um grande entusiasta desse estilo de cobrança. Ainda garoto, atuando pelo Santos, o jogador anotou cinco gols em 2010 através de pênaltis com paradinha, sendo dois deles contra o rival São Paulo.
Em uma das oportunidades o até então goleiro do São Paulo, Rogério Ceni, esbravejou ao sair de campo: “Essa paradinha só é permitida no Brasil. Mas ele (Neymar) é um jogador muito técnico. Tem uma qualidade incrível”, disse. Meses depois a FIFA proibiu o estilo de cobrança.
