Gol de Ouro: Entenda a polêmica regra aplicada na Copa de 2002
A Copa do Mundo de 2002 deu espaço a uma regra que se tornou uma das maiores polêmicas do futebol mundial: o Gol de Ouro. A regra ficou em vigor entre 1993 e 2004 e, apesar de ter sido bastante inovadora para a época, ganhou mais repercussão por conta da polêmica que mudou o rumo das prorrogações das partidas que terminavam empatadas no tempo normal.
Basicamente, o Gol de Ouro funcionava da seguinte forma: a equipe que marcasse o primeiro gol no período da prorrogação era declarada imediatamente vencedora da partida. O objetivo do ‘Golden Goal’ era evitar disputas de pênaltis, aumentar a emoção dos jogos e também, incentivar jogadas ofensivas na busca pelo gol da vitória nos 30 minutos extras.
Nos seus mais de 10 anos em que esteve ativa, a regra ajudou a definir partidas importantíssimas. Um dos momentos mais lembrados aconteceu na Copa do Mundo de 2002. Na ocasião, Coreia do Sul e Itália duelaram pelas oitavas de final e a partida terminou empatada por 1 a 1 no tempo normal. Na prorrogação, Ahn Jung-Hwan marcou o gol que eliminou os italianos na competição.
Fim da regra do Gol de Ouro
Em 2004, a regra acabou sendo abolida de vez pela FIFA. Dentre os principais motivos, destacam-se o fato de que muitas equipes optavam por elaborar estratégias defensivas, afim de não tomar o gol da desclassificação. Além disso, algumas partidas acabaram sendo encerradas com gols validados de forma questionável pela arbitragem, como nos anos 2000, quando a França ganhou a Eurocopa contra Portugal por conta de um pênalti bastante questionável.
A FIFA até tentou implementar o ‘Gol de Prata’ que, na ocasião, encerrava as partidas se alguma das equipes estivessem a frente ao final do primeiro tempo. No entanto, a regra foi abolida em 2006 e, de lá pra cá, os jogos que vão para a prorrogação são disputados em dois tempos de 15 minutos e, caso o empate persista, o vencedor será definido em uma disputa de pênaltis.