Daniel Alves pode voltar ao Brasil após reviravolta em condenação?
Nesta sexta-feira (28), a Justiça da Espanha optou por revogar a sentença de 4 anos e 6 meses de prisão do ex-jogador Daniel Alves. O Tribunal Superior de Justiça da Catalunha tomou a decisão de forma unânime e agora, o ex-Seleção Brasileira não precisará mais cumprir a sentença imposta por conta da acusação de estupro cometido contra uma jovem de apenas 23 anos em Barcelona.
A sentença, que conta com mais de 40 páginas, afirmou que houveram “insuficiências probatórias” por parte da acusação e que, por conta disso, concordava com a revogação da pena imposta ao jogador. Além disso, o documento cita que a “prova realizada não se pode concluir que tenham sido ultrapassados os padrões exigidos pela presunção de inocência”.
Vale lembrar que a Justiça espanhola estipulou restrições para a concessão de liberdade provisória a Daniel Alves em março do ano passado. Uma delas é de que seu passaporte ficaria retido e, por isso, o jogador não poderia sair da Espanha. No entanto, a nova decisão anula as restrições antigas as quais o ex-atleta estava imposto. Com isso, Daniel Alves precisa apenas que seu passaporte seja entregue e, assim, ele pode voltar para o Brasil.
Decisão no caso Daniel Alves causa revolta
A anulação da condenação do crime de estupro do ex-jogador gerou revolta. A “Direito Dela”, organização feminista, mostrou todo seu repúdio à decisão de revogar a sentença imposta ao jogador e se manifestou a respeito da decisão da Justiça espanhola. Por meio de uma carta, a organização cita as várias versões de Daniel Alves sobre o caso, além dos relatórios de um médico legista indicando que a vítima apresentava sinais de luta corporal e sêmen do ex-atleta em seu corpo.
“A absolvição de Daniel Alves pela Justiça espanhola é um desserviço para todas as vítimas de violência sexual. (…) a palavra da mulher foi sistematicamente desacreditada, inclusive pela própria Justiça, que, mesmo diante de um caso onde apenas duas pessoas estavam presentes – um homem e uma mulher -, optou por invalidar o relato da vítima e anular a sentença”, afirma um trecho da carta que pode ser acessada aqui.