O ano de 1914 marcava o começo de um dos episódios mais sangrentos no mundo: a Primeira Guerra Mundial. O conflito durou quatro anos e envolveu principalmente os países europeus, com França, Alemanha, Inglaterra e Rússia no centro da grande guerra. No entanto, houve um momento em que os soldados resolveram paralisar o confronto.
No Natal de 1914, os países guerrilheiros resolveram dar uma trégua. Os soldados optaram por celebrar a data e a comemoração veio com disputa de partidas de futebol, esporte que estava se popularizando ao redor do mundo. O palco era um tanto quanto incomum, já que os soldados utilizaram os espaços entre as trincheiras para jogar futebol.
A trégua aconteceu em 24 de dezembro de 1914, quando cerca de 110 soldados – entre britânicos e alemães, rivais de guerra – disputaram uma partida comemorativa de Natal na França. O momento aconteceu depois de alemães cantarem uma versão da música “Noite Feliz” e serem acompanhados pelos ingleses. A partir dali, as armas foram largadas por um momento e a guerra foi pausada para que os soldados pudessem se distrair jogando uma partida de futebol.
Futebol também marcou presença em outros palcos no período da guerra
Com origem na Inglaterra, não era de se admirar que o país tivesse uma das maiores tradições do esporte no mundo. Tanto é que havia uma liga disputada desde 1888 no país, antes mesmo da Primeira Guerra Mundial. Alguns soldados, inclusive, recebiam incentivo para praticarem o esporte, para que pudessem ficar em forma e, consequentemente, disposição para servir ao Exército.
Inclusive, alguns jogadores de clubes tradicionais do país serviram a Inglaterra na guerra. Há relatos que de Frank Buckley, que defendia o Bradford City, foi um dos líderes de um batalhão. Além dele, Lyndon Sandoe, que jogava no Cardiff City, foi honrado com duas medalhas por seu desempenho nas trincheiras. Fato é que o esporte sempre se colocou como uma alternativa mesmo em momentos tão difíceis como um sangrento episódio de guerra.
